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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Não deixe de contestar! Você pode estar certo.



“Ah! Toda mulher deveria cursar pedagogia infantil antes de ser mãe”.


Esta foi a frase que eu disse no final de uma apresentação de um trabalho na disciplina, “Metodologia aplicada à Educação Infantil”, no curso de Pedagogia Infantil, na Ulbra-Universidade Luterana do Brasil, no ano de 2002.
Devido ao conteúdo que eu havia exposto, esta frase final deu um toque especial no fechamento do assunto e os aplausos foram muitos.
Porém, antes que a vaidade fizesse parte dos meus sentimentos, entra na sala, muito agitada emocionalmente a Rosa Maria. Pede desculpas pelo atraso e ao sentar quase derruba a classe. A professora, observando seu nervosismo pergunta se ela quer retirar-se por um instante para refazer-se. Então ela responde: - Se a professora está mesmo preocupada comigo e quer me ajudar então eu peço que me escute.

A professora concordou desde que fosse rápida, pois precisava dar seguimento a sua aula.

Rosa, então começou o desabafo, sem deixar que ninguém a interrompesse.
Contou que não podia aceitar mais a tamanha discriminação que havia sofrido durante a tarde que a envolveu num tremendo escândalo em uma determinada loja em Porto Alegre/RS.
Por desconfiarem de que ela seria a autora de um furto, não admitira abrir sua bolsa e isto gerou mais desconfiança nos seguranças da loja. O estranho, ela contava, que eles desconfiaram não somente dela, mas de outra cidadã, também negra que estava na loja.

Diante de seu relato estava evidente a discriminação. Então a professora, depois de escutar os detalhes, argumentou que ela poderia ter evitado mais transtorno se simplesmente mostrasse a bolsa. A maioria da turma aparentou concordar com a professora. Mas Rosa insistia que a situação era incorreta. Então lancei um olhar a ela tentando dizer-lhe, de longe: - Deixa assim... depois nós nos falamos.


Acontece que eu concordava com Rosa, mas ela não alcançou meu olhar e saiu da sala. Eu fui atrás. E daquele dia em diante nos tornamos bastante amigas. Um certo dia Rosa me disse que não queria ser professora. E então eu perguntei por que estava cursando Pedagogia Infantil. Ele me disse ser funcionária da Trensurb (uma empresa de trens urbanos), que trabalhava somente 6 horas por dia e o salário era maior do que o de uma professora. Resolveu cursar pedagogia infantil para estar mais preparada para trabalhar como educadora numa ONG, como voluntária.


Então não é de se estranhar porque a turma e a professora não entenderam a indignação de Rosa perante a discriminação que havia sofrido naquele dia. Pois as razões porque estavam ali eram diferentes das dela. E foi evidente a falta de sensibilidade para o entendimento. Contudo observei, também, que os aplausos que eu havia recebido no final do trabalho com a frase: “Ah! Toda mulher deveria cursar Pedagogia Infantil antes de ser mãe”, foram palavras bonitas e, talvez com uma entonação mais profunda da minha parte, se tornou um belo espetáculo apenas. Sem entenderem a profundidade. Pois se isto acontecesse teriam entendido a indignação de Rosa. Ainda mais que o meu trabalho estava alicerçado em direitos e deveres iguais perante os alunos.


E foi justamente a Rosa a única que me acolheu ou, pelo menos teve coragem de concordar comigo em outra situação e, desta vez o alvo de escândalo era eu. Não concordei com certa colocação de Freud e por isto a turma caiu em gargalhadas ao escutar a professora dizendo: “Tu contestas até Freud! Rosangela, tu não tem jeito mesmo”.
Pois mais tarde, escutando uma exposição Doutrinária de Helena Bertoldo, onde ela fala de Jung contestando Freud exatamente no mesmo ponto que eu havia contestado naquele dia, eu pensei assim: É professora! Não quero tomar jeito mesmo. “Tá bom assim”.


A relação de amizade entre Freud e Jung começou a se desmoronar quando Jung descobre que Freud mantinha um caso amoroso com a irmã mais nova de sua esposa, diante desta informação questiona porque Freud trata seus alunos como pacientes se ele mesmo não se considerava um.


Porque eu e Jung contestamos Freud?
A sexualidade associada à amamentação foi apontada por Freud, ao falar sobre a sexualidade infantil da seguinte forma: “o ato de oferecer o seio, considerado como uma zona erógena, para o bebê sugar também é compreendido como um ato de significação sensual para a mulher. A mãe olha para a criança "com os sentimentos derivados de sua própria vida sexual: ela a acaricia beija e embala, e é perfeitamente claro que a trata como um substitutivo de um objeto sexual plenamente legítimo."



Jung admirava tanto Freud que este o considerava um filho e seu sucessor de idéias, dando seguimento à psicanálise. Mas Jung começou a discordar de algumas teorias de Freud dando origem a psicologia analítica, muito utilizada hoje como uma aliada a prática da homeopatia.


Seguimos o raciocínio de Carl Jung:
“A obtenção do prazer não é, de forma alguma, o mesmo que sexualidade. (...) Se admitirmos que a ânsia de prazer deva ser considerada de natureza sexual, paradoxalmente deveríamos também considerar a fome como um anseio sexual, pois busca prazer na satisfação.”
Considerando o fato de componentes da experiência de satisfação oral infantil reaparecer posteriormente na vida sexual adulta, Jung argumentou ainda:
“Poder-se-ia objetar que estas e outras atividades semelhantes da zona oral reaparecem mais tarde na vida adulta, com aplicação inegavelmente sexual.
Mas isto significa apenas que essas atividades podem ser colocadas também a serviço do instinto sexual; nada prova a favor de sua natureza sexual primitiva.
“Devo, portanto, reconhecer que não tenho motivos para considerar as atividades que causam prazer e satisfação durante a
"lactância", pois mesmo estando dentro do período de desenvolvimento sexual, onde a criança conhece melhor seu corpo, não significa que haja "despertamento" sexual.

Pois crianças que despertam cedo o seu interesse pela sexualidade e, até mesmo, a praticam, isto é indícios de que ela foi muito praticada em outras encarnações. Estes são os adeptos de Freud, pois encontram nele o consolo.
Freud era um pervertido sexual e tentou encontrar na psicanalise respostas para esses desvios.
Porque, na verdade o que precisamos é de equilíbrio.
Nem 8 e nem 80.
O que você acha destas minhas teorias?



Sexo e Destino - Obra do Espírito André Luiz - psicografada por Chico Xavier
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